6 de novembro de 2008

RS Entrevista - Rodrigo (Djunks)




Entrevistamos o vocalista de uma das principais bandas do cenário baiano Rodrigo da banda Djunks. Com um papo descontraído e bem divertido ele conta a história da banda as supresas e fala um pouco do futuro da banda.


1 - Conte um pouco sobre a história da banda Djunks


A banda começou em 2000/2001, e por incrível que pareça eles me conhecerem pela internet (MIRC) aquele programa antigo de bate papo. Bruno, Guido e Victor já ensaiavam juntos e tinham um vocal que acabou saindo da banda, nesse tempo a Djunks se chamava ShadowFx. Com a saída do vocal eles começaram a divulgar no mirc uma propagando tipo: Teste pra vocal para uma banda de punk rock que toca Blink e Green Day. Como eu tinha acabado de chegar dos Estados Unidos tava com o inglês afiado, hoje não mais (risos) e sabia imitar bem o Billie Joe do Green Day então foi sucesso no primeiro teste eles me escolheram e ai tudo começo. Começamos tocando em tudo quanto é lugar, naquela época era mais fácil quando você é jovem não tem preocupação e vai fazendo tudo. Gravamos uma demo em 2002, um disco em 2004 e outro em 2007.


2 - A banda foi um dos maiores sucessos do cenário Baiano, como isso se deu?


Cara não sei dizer se foi um sucesso, acho que uma galera gostava da banda e acho que gosta até hoje pelo fato da atitude da banda. Fomos aprendendo com o tempo e a banda pela força de vontade sempre apresentou bons trabalhos e assim foi adquirindo seu espaço. Aproveitamos o inicio dessas bandas logo no começo só tinha CPM 22, o Rodolfo tinha saído dos Raimundos e a tendência era a chegada desse novo estilo que tava fazendo grande sucesso fora com o Blink 182. Sempre tocando no repertório musicas próprias e gravando discos e singles fomos nos ajeitando em Salvador (risos). E conquistando um lugarzinho na cabeça da garotada.


3 - Como foi à reação de ter visto o clipe "Do meu jeito" na MTV?


Foi à melhor do mundo, fizemos um almoço em família e amigos pra comemorar. Como a MTV tinha passado o horário exato da exibição, ficamos comendo feijão e arroz enquanto não passava! (risos).


4 - Quais são as principais influências da banda?


Green Day, Blink-182. Minha parcela fica com Zé ramalho, Raimundos e Legião Urbana.


5 - Qual a melhor hora pra compor suas canções


A hora que vier uma idéia. Mais hoje em dia temos sentando mais e começando músicas do zero. Senta todo mundo, ninguém apresenta idéia nenhuma e daí começa o “Brain Storm” (risos), agente escolhe o assunto, a levada e a melodia e vai ajeitando. Às vezes não sai nada ou então sai tudo muito diferente, mais aos poucos vamos nos acertando.


6 - Como é ser reconhecido por quase todas as bandas de Salvador?


Tudo muito normal. Acho que a banda tem uma responsabilidade em mostrar os pontos positivos e negativos pra a galera que ta começando em relação à cena e postura de banda e tentar ajudar a cena baiana da melhor forma possível.


7 - Fale sobre os projetos atuais da banda.


Os projetos atuais da banda... Hum vamos lá. A banda vai produzir dois clipes esse ano, o primeiro vai ser gravado e começa amanhã (7/11)! E o segundo será em animação. A banda não tem mais pretensão de sucesso ou de espaço no cenário nacional, não vou iludir vocês. Todos da banda têm 26/27 anos trabalham e tem suas ocupações. A banda não vai perder em qualidade e nem deixar de compor, gravar discos, clipes, shows etc. A diferença é que vamos ficar mais em Salvador e vamos tocar mais despreocupados, mais por hobby mesmo, mais vamos continuar fazendo todo o trabalho sério que sempre teve como prioridade na banda. Vamos gravar um cd já no ano que vem, fazer um show comemorando 5 anos do primeiro disco, gravar um cd ao vivo entre outras. Eu acho que o resumo pra isso tudo é a banda vai ser mais “light”. Deu pra entender? (risos)


8 - Qual a dica que você deixa para as bandas que estão começando?


Humildade, músicas próprias e material de boa qualidade principalmente em relação à gravação. O difícil é agregar isso quando estamos jovens o ideal é chamar alguém experiente pra gravar um disco e uma demo porque ai já vai pegando as “manhas” desde cedo. A diferença está ai, uma banda que começa em São Paulo rala mais, pega as manhas rápido e fica esperto rápido no quesito underground e como deve se comportar. Por isso é difícil uma banda baiana ir pra Sampa e bater de frente com os caras, quando se chega lá é tudo novo, outra vibe, enquanto pros caras ta tudo normal. Desejo sorte pra todas as bandas que tão começando e pra as velharias também (risos), se tem uma banda que ta no “speed” e que tem esses requisitos é a banda Vivendo do ócio, humildade, músicas próprias e material de qualidade juntando com a bagagem dos caras e a vontade de ganhar espaço nacional, acredito muito nela. A Djunks tem tudo isso menos a vontade de ganhar espaço nacional. Falei demais né? Agradeço a galera da Rock Salvador pela oportunidade de ser banda do mês e por essa entrevista linda maravilhosa!!!


Valeu abração.